quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

pessoalidade

O rosto um pouco avançado de Tonho, quase a sorrir, às vezes. Suas mãos não são mãos de estudante...mas páreo para segurar livros. Tonho é alto, não fala sempre, nem muito( só quando sente que indispensável à considerações, à vida e tal). Sua testa larga; fios de cabelos a cobrem de tempo em tempo...e ele os afasta com os dedos...os dedos de Tonho e seus olhos acessos meio que sofrem de dúvidas. Pode ficar horas matutando algo, algo tanto bom como pode ser ardiloso. Tônia quantas vezes se pega pensando nele ( aí seus olhos ficam vagos, os olhos vagos de Tônia...de costume simpáticos e firmes). Pensa num troço emocional, sentimental que não permite a ele se ver como um todo artístico...aí ela prevalece com seus conceitos, sua vedetice. E até seu mal-humor e o desafia, e o provoca para levá-lo a manifestar-se mais frugalmente. Levá-lo mesmo a ser frugal com o próprio corpo! Mas é verdade! Tônia quer um número de nú de Tonho com a platéia do Teatro O Mais da Vida!

2 comentários:

Matheus Marco Moraes disse...

Por que após Brecht você não vá até Bataille para chegar às vontades de Tônia para o palco, tais cenas ? "Algo há em nós de apaixonado, de generoso e de sagrado, que excede as representações da inteligência: este excesso é que faz de nós seres humanos." Enquanto que Masina poderia trazer o abraçar de mundo das performances externas. É dentro do palco que o mundo se fecha, as salas de cinema também, por exemplo. Por isso falei um pouco abaixo de se ver algo na rua e num teatro.

Eu fiquei meio pensativo com o título da performance porque de imedito eu senti a relação, mas não sabia respondê-la. Para mim é um ponto de natureza, o ritmo natural do abrir se fechar como uma respiração, no caso a que se dá com 'o verde' à noite, a entrega que as plantas fazem ao ambiente durante à noite, as aberturas da natureza que acontece com a pouca luz, como de fato acontece com os corpos.

Ah Tonho possui um contato, sempre me pareceu mais carinhoso, mesmo em sua certa reclusão pessoal, do que Tônia.
Fico contente por você conhecer esta minha escrita do about me, sobre o posicionamento dos corpos, da interação, da física corporal, dos contornos, dos vazios, do espaço ambiente e o espaço dos corpos.

Matheus Marco Moraes disse...

Por que após Brecht você não vá até Bataille para chegar às vontades de Tônia para o palco, tais cenas ? "Algo há em nós de apaixonado, de generoso e de sagrado, que excede as representações da inteligência: este excesso é que faz de nós seres humanos." Enquanto que Masina poderia trazer o abraçar de mundo das performances externas. É dentro do palco que o mundo se fecha, as salas de cinema também, por exemplo. Por isso falei um pouco abaixo de se ver algo na rua e num teatro.

Eu fiquei meio pensativo com o título da performance porque de imedito eu senti a relação, mas não sabia respondê-la. Para mim é um ponto de natureza, o ritmo natural do abrir se fechar como uma respiração, no caso a que se dá com 'o verde' à noite, a entrega que as plantas fazem ao ambiente durante à noite, as aberturas da natureza que acontece com a pouca luz, como de fato acontece com os corpos.

Ah Tonho possui um contato, sempre me pareceu mais carinhoso, mesmo em sua certa reclusão pessoal, do que Tônia.
Fico contente por você conhecer esta minha escrita do about me, sobre o posicionamento dos corpos, da interação, da física corporal, dos contornos, dos vazios, do espaço ambiente e o espaço dos corpos.