domingo, 13 de janeiro de 2008

TÔNIA LÊuma possível sinopse de Copacabana, Mon Amour, feita por Remier Lion, da revista Contracampo.TONHO ESCUTA.

Quando chegou ao Rio de Janeiro, “nas proximidades da Idade da Pedra”, em 1970, Rogério Sganzerla descobriu na favela a África encravada no coração de Copacabana. Copacabana mon amour inaugura a chanchada psicodélica carioca. Sganzerla filma o morro do jeito que o diabo gosta e revela “a paisagem desta ex-capital apodrecendo maravilhosamente”." "Helena Ignez é Sônia Silk, “miss Prado Junior”, “a fera oxigenada”, rainha do trottoir e macaca de auditório. Tem pavor da velhice e seu maior sonho é ser cantora da Rádio Nacional. É seguida por um fantasma, mas não dá a menor bola a ele. Faz ponto encostada num carro de polícia. O irmão gay — interpretado por um Otoniel Serra insano — é um médium em farrapos. Uma bicha-louca macumbeira e invejosa. Viciado em cheirar a cueca do patrão vivido por Paulo Villaça (o “doutor” Grilo), representação da necessidade burguesa de exercer um poderzinho escroto e mixuruca. Guará, em um dos seus melhores momentos, encarna o malandro que vive às custas de achacar turistas na avenida Atlântica e faz de tudo para ser o cafetão de Sônia. Lilian Lemmertz está linda. Entre um sobe-e-desce de morro e um vai-e-vem de esquina, um passeio na orla esclarece o motivo de tanta confusão, é “o sol de Copacabana enlouquecendo certos brasileiros em pouquíssimos segundos, deixando-nos completamente tarados, atônitos e lelés”." Responder

Um comentário:

Breno Leite disse...

Aderência plena entre o leve Romulo e suas palavras que saem do chão levemente... Ótimo!