
A escuridão está ali, naquela rua principal da Praça da República, perto do Arquivo Nacional. Tonho e Tônia por ali; ruas transversais se insinuam. A cada olhar insento apresentam suas sensações caladas, plenas. Ruas e o céu lá. E sobrados casados a árvores, ambos em contidos descasos mal sabem dos fogos de artifício na noite. O azul -marinho, acima de tudo, cogitava Tonho de sunga e Tõnia, biquini azul e véu verde-água nos ombros, a andarem seus vagares. Passam ao lado de ônibus turísticos estacionados, regulares, no meio-fio da calçada. Seus vagares semi- bêbados à cerveja em lata por ali passavam. Nos interstícios, a pequenos intervalos, entre eles, os ônibus, homens esperavam por algum prazer, pra valer. Calças nas pernas, ainda, na cintura. Nenhuma cueca à vista mas pêlos sensíveis ao ar, e calor. As cores metálicas comparsas, a intervalos, de membros rijos a que Tonho e Tõnia olham. Rio, margem, brejo para seus olhares que passeiam com atenção meio ao som surdo das baterias das Escolas de Samba chegando, chegando de longe, ali mesmo, perto. Som compacto, no espaço, tomado de ar. Encostam-se as faces; até riem. Tônia, seu véu verde-água, de gaze transparente, o deixa no ar, vagar em seus braços e Tonho olha para trás. Para trás de seus passos na cidade...
Um comentário:
Que noite apoteótica de carnaval no centro do rio. A Luz,o ar,a cerveja, o vagar e a bateria. Entusiasmo interior sem muitos brados para o povo. Linda descrição!!
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