quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

BRUCTUM

Afinal Tonho saiu de casa com sapatos sem meia. Sapatos, e não tênis futuristas. Sim, sapatos meio rasos, de solas simples para acompanhar Tônia. Se encontrarem às 17:30 na saída de uma estação de metrô. A viagem fez sentado. Tonho, vez em quando, voltava a direção de seu olhar para foliões ou gente com trajes, somente, por força mesmo destes dias tão naturalmente chuvosos do carnaval. O colorido, talvez, pode não trazer felicidade para toda a vida, só que Tonho apostava que sim, para ser condescendente, feliz. Estamos perto da estação Cinelândia e a velocidade reverbera ao seu olhar, independente. Velocidade tomada por si mesma deslancha-se a toda hora, a toda prova. Ele se levanta, em silêncio, e fica esperando, insistente, que a porta do vagão abra. Até chegar ao ar lá fora deu um sorriso, porque ele, Tonho, não era velocidade somente. "Sorry", diz com a mão na boca anarquista. Diz alto! Sapatos rasos, mocassins, tinham saido da plataforma onde um cara está vestido todo de branco e máscara planetária( eu o conheço, Tonho achou). TONHO AO AR LIVRE

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