sexta-feira, 9 de maio de 2008

uma subjetividade que o trabalho alcance. uma subjetividade que o trabalho ampare

quinta-feira, 20 de março de 2008

Hoje, céu azul. Estudei, estudei, estudei e aí saí um pouquinho para ler alguns MAIS. Li escritos com posicionamentos de Pier Paolo. A radicalidade de Pasô, a partir de "Saló", não agradou-me mais há muito tempo, pelo contrário. Pôxa sua morte... mas lendo seus posicionamentos tão radicais em relação aos chamados tempos pós-modernos descobri que ele não estava "inventando". Hoje estes posicionamentos, radicais, podem estar aí mesmo, para constatar que o que Pier achava poderia ser pura realidade, entremeada com outras, hoje em dia. Pier, meu abraço! Mas, Pier!

sexta-feira, 14 de março de 2008

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

sabe, quando vejo fotos de Monica Vitti, como essas ( as retira de um envelope com as mãos )... as experimento, convivo na minha intimidade, no meu Ser. não me excluo, ou as admiro como ícones, ou prótese...somente. é um caso de paixão que se tem por estados de expressão , e beleza, que deixam num infinito, num instante. sem conflitos...sem nada. . . com o olhar solto, livre , por um instante... sem muitos limites. fica posssível amar de um jeito intocável. no ar

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Este pequeno Goya está na parede da sala dos pais de Tonho . Muitas casas com aparências graciosas, variadas, no subúrbio. Um pouco para o século XIX, um pouco para o século XX. Nas ruas centrais, imprensadas pela velocidade dos ônibus, carros, motos etc etc etc elas ostentam, às vezes, pequenos ladrilhos nas fachadas, com imagens de santos. Sempre uma pequena varanda...

enquanto Tonho e Tônia devem estar dormindo...

-Devem estar dormindo - sugere o barulho, motor, das ruas. Os lençóis dizem que dormem. Ao afastá-lo, num minuto desses, Tonho passará as mãos nas coxas, tocará o pênis. Leve. Ao levantar-se, procurará por algo de ontem, não imediatamente. Esperará por algo não conclusivo. "A neurose do barulho é uma desdita industrialista", fala enquanto faz um movimento com os ombros. Nua força se levanta da cama. Durante o dia seus passos firmes, andam. Precisa acabar de ler um artigo numa revista antiga. Tõnia, quando sair da moleza, cantará no espelho onde, primeiro, despenteia seus curtos cabelos , já oxigenados desde antes do carnaval . Na grande manhã que, às vezes, é a tarde, começa a vida a querer.E Tonho concentra-se na leitura, sentado mesmo. Tônia procura gravar algumas letras de samba-canção.Tonho passará as mãos nas coxas

Dilermando à janela da redação do Jornal da Casa, espécie de jornal de bairro, onde trabalha. QUANDO não está em seu blog

COLOQUIALMENTE SEI QUE SOU DIFÍCIL. Ao longo de horas, no seu relógio de pulso , DILERMANDO pensa en sua crônica, ARTE DE TUDO, quinzenal. Irá ao supermercado. GOSTO DAS PALAVRAS UMA DE CADA VEZ E, lento, sem muita pressa mas decidido põe-se a escrever antes de ficar lado a lado com as embalagens.
de quando em quando, antes da noite, ou depois da tarde da grande manhã, há de se ter algo pelo qual longos olhos olham. às vezes escorrem, fluem. quando acontece a liberdade, ficam soltos. algo os contenta, ficam contentes. ou, podem percorrer a velocidade, até abafados. até aflitos. nossas considerações... os olhos olham pela vida e não para si, exclusivamente. raciocínio... de quando em quando fragmentos ...

( o computador ligado sozinho em sua mesa)

às vezes sempre. às vezes, Sempre. e uma hora. e meia ( foi tomar água, enxuga a boca com as costas da mão)

tônia voltará para casa de ônibus( DE VERDE CLARO) e já pensa em retomar os ensaios de Semi- Esforço: VISION

é de manhã cedo. sinto vontade de estar mais coberta. Tonho só de sunga, perdeu as calças. aonde, meu deus! eu não vi. não vi mesmo! (se despediram com um beijo forte na face. tinham a noite até agora. noite longa de carnaval) nada de tomar táxi toda hora. Tonho voltará para sua casa de ônibus, e só de sunga, acima de tudo. sentado num banco de transporte público. na noite do último dia de carnaval ( o véu verde-água, agora nas mãos de Tônia. fica como se um lenço de grande dama, verde. no colo, suas mãos. as pernas de fora. cobre a barriga. volta para casa como se tivesse tomado um banho de tudo.) muito séria entra no elevador. ( agitando um pouco o punho, ao acelerar o passo depois de soltar do ônibus, o véu, agora lenço, dentro da mão). sou uma mulher cujas esquisitices dou asas na personalidade. não deixo as estranhezas me excluirem. e digo isso por causa de minhas maluquices( já no apartamento que divide com pais, móveis parados, bebe água para se lembrar que é vida, mas pode acabar. contempla os pingos. o copo fica na pia. enxuga a boca no ombro e dependurará o véu na porta aberta do seu armário. nua joga-se na cama cantando um samba - canção que decorara. até dormir). sons de música na grande manhã que fica a tarde.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

TÔNIA até seus cabelos curtos oxigenou!

(...naquela noite TÔNIA tocou, expões, um pouco, os pêlos pubianos de Tonho. animados passos de bloco que quase não saiam do lugar passavam na colorida, popular Av. Rio Branco 2008 ( abandonada, vivaz ...) e ninguém mais, ninguém menos que Virgínia Lane no palco ao ar livre na Cinelândia . A vedete do Brasil!!!! Amante de Getúlio Vargas !!!! gritava Tônia e Tonho ria...naquela noite... guardas em grupo olham para sério bloco gay com 7 normalistas ... E TONHO COM CAPACETE DE PEÃO DE OBRA, na frente escrito " visitante"...achava Opiniões e Desejos...um belo título. o guardará. Tônia passou a mão novamente nele...e o bloco voltava para trás, avançavam novamente, até certo ponto... na vivaz e abandonada avenida Rio Branco 2008.Tonho nota luz meio amarela no escuro do asfalto...e Tonho parado em sua sunga...já Tônia sobe e desce o Theatro Municipal , de biquine e véu, vaporosa, a escadaria cheirando a mijo. Tonho cruza os braços, franse o senho. Fita as árvores ao longo da avenida Rio Branco 2008. PENSAVA em outros carnavais. PENSA em serpentinas, exatamente...ao longo da avenida...por onde correu Tônia, de véu verde - claro...e os policiais não podem fazer nada a não ser conversarem

michelangelo antonioni e Revista A Noite

A escuridão está ali, naquela rua principal da Praça da República, perto do Arquivo Nacional. Tonho e Tônia por ali; ruas transversais se insinuam. A cada olhar insento apresentam suas sensações caladas, plenas. Ruas e o céu lá. E sobrados casados a árvores, ambos em contidos descasos mal sabem dos fogos de artifício na noite. O azul -marinho, acima de tudo, cogitava Tonho de sunga e Tõnia, biquini azul e véu verde-água nos ombros, a andarem seus vagares. Passam ao lado de ônibus turísticos estacionados, regulares, no meio-fio da calçada. Seus vagares semi- bêbados à cerveja em lata por ali passavam. Nos interstícios, a pequenos intervalos, entre eles, os ônibus, homens esperavam por algum prazer, pra valer. Calças nas pernas, ainda, na cintura. Nenhuma cueca à vista mas pêlos sensíveis ao ar, e calor. As cores metálicas comparsas, a intervalos, de membros rijos a que Tonho e Tõnia olham. Rio, margem, brejo para seus olhares que passeiam com atenção meio ao som surdo das baterias das Escolas de Samba chegando, chegando de longe, ali mesmo, perto. Som compacto, no espaço, tomado de ar. Encostam-se as faces; até riem. Tônia, seu véu verde-água, de gaze transparente, o deixa no ar, vagar em seus braços e Tonho olha para trás. Para trás de seus passos na cidade...

sábado, 9 de fevereiro de 2008

pós - carnaval, sempre

http://content7.flixster.com/photo/56/47/26/5647269_tml.jpg TONHO chega em casa nos ares meio embriagados com que andara, com seus sapatos rasos, mocassins, ao lado do véu vaporoso com que Tõnia cobria, às vezes, o corpo. Ouve o barulho de suas chaves, particularmente. Usa as mãos para tirar o capacete de peão da cabeça, com alguma dificuldade e chega, no quase- escuro, até seu quarto. A rádio MEC deixara ligada. Seus dedos se adiantam para pegar cuidadosamente a foto impressa lá dentro da gaveta, junto de números de telefones em pequenos papéis rasgados , junto a pequenos cadernos de notas, perto a documentos, outros recortes. Ao aproximar o rosto e seus dedos, sente na imagem um estado expressivo, projetado quietamente, perspectivado no limite claro do ato de fotografar. Demora numa suposição infinita do quando e do quanto da permanência. E agora Tonho reconhece a companhia, por parte de Maistroianni. Pausada, ali, na sua mão..."não à toa inocentes índios já acharam que suas almas são capturadas em imagens..." diz em voz baixa, e a deita sobre a escrivaninha. Abre o chuveiro. Fica o murmúrio estalado, insistente, breve da água. Os pés no chão do box. Cabelos molhados, pensa num pensamento inteiro que foi sair para o carnaval. Lembra-se da calça! Onde é que estava? Ah , devia ter esquecido no bar!

Dispersão das Escolas de Samba

Tonho tinha tomado muitas cervejas em lata (RECICLE) na Cinelândia. Depois, de metrô, vê Tõnia retocar A FANTASIA, pulou para a Central do Brasil(RESTAUREM TÂO BELO PRÈDIO ART-DÉCO!) . Andaram nas imediações escuras ( e sexuadas) da Praça da República até à Dispersão das Escolas de Samba...Tônia ao seu lado pulsava, já usava o véu transparente verde-água , vaporoso, que caía dos ombros sobre o biquine azul-claro. E Tônia volteava no asfalto a cantar com sorrisos ""A Estrela Dalva ... / No céu desponta ... / E a Lua anda tonta ... / Com tamanho esplendor / E as pastorinhas / Pra consolo da Lua / Vão cantando na rua / Lindos versos de amor // Linda pastora / Morena / Da cor de Madalena / Tu não tens pena / de mim que vivo tonto com o teu olhar / Linda criança tu não me sais da lembrança / Meu coração não se cansa / de sempre sempre te amar" ...("Falando em pastoras, uma homenagem a Noel e Braguinha - e aos nossos queridos que já partiram e tanto cantaram esses versos"). A letra, e a NOTA entre parênteses, foram postadas por um autêntico folião do Recife, Rafael HP de Paula!). Tônia levanta os braços, o véu também preso aos seus pulsos e volteava, volteava ao ritmo da marcha-rancho. Lentamente. Tonho ao seu lado, nos seus sapatos rasos... Às vezes ouve-se a sola no asfalto, junto com a voz " larará" de Tônia...na madrugada do centro da cidade...perto de bares, e de policiais em dupla a conversarem, suspeitamente de tão à vontade.

GIULIETTA !

( digita Matheus Marco Moraes)

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

http://i141.photobucket.com/albums/r68/giancarletto/FILM/ITALIANO/450/450giuliettamasina.jpg a fotografia é de um papel tão brilhante que luz giulietta massina. " aquela cara é o coração de Jesus". e Tônia via seus olhos refletidos na " pele d'alma". giulietta massina. la strada. a foto é grande . e a guarda de novo. dedos muito juntos, unhas recém pintadas, a segurarem por tempo o envelope. à altura do peito, próximo aos lábios sem pintura. Tônia, acho, chega a abraçar a foto. Foi assim que aconteceu no Amarelinho, um bar de calçada, numa tarde do dia seguinte à Quarta - Feira de Cinzas...

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Tonho esticou a cabeça, pescoço, ombros ( mãos nos bolsos), na procura de avistar Tônia. As nuvens brancas, guardadas de memória e, na noite vindo, seus sapatos na calçada às vezes pisavam em poças d'agua. Que mundo é esse em que faltam marinheiros? Tônia lá vem vindo, atravessou o asfalto molhado. Não estava nua com bunda e peitos de plástico rosa como dissera. Estava só de biquine e ventarola existencial feita de palha, autêntica coisa de bahiana! Ela vem, Tônia se abanando, a rebolar o andar . E balança a ventarola de forma lenta, ritmica. Ah minha rainha da bateria sem visíveis instrumentos musicais! - grita Tonho ,-Tonho, chéri, de blusa listrada preto e branco? E capacete de peão de obra? Agarra aqui, na minha cinturona, e vá ali, no Amarelinho tirar esta calça bran-ca e fi-car só de sun-ga! Tonho começa a gesticular, e dizer " que tempos são estes", com indignação mas, mudo, se dirige para o banheiro público. Um turista os fotografa. Tônia tinha mostrado todos os dentes. Tonho saiu assoviando. Marinheiros apareceram e ele agita as calças com os braços. Tônia estava sentada num grupo, em torno de uma mesa. Em alta voz Tonho se dirigiu para a mesa a recitar Poema Místico, de Felipe Stefani, levantando os braços...como é da tradição...

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

BRUCTUM

Afinal Tonho saiu de casa com sapatos sem meia. Sapatos, e não tênis futuristas. Sim, sapatos meio rasos, de solas simples para acompanhar Tônia. Se encontrarem às 17:30 na saída de uma estação de metrô. A viagem fez sentado. Tonho, vez em quando, voltava a direção de seu olhar para foliões ou gente com trajes, somente, por força mesmo destes dias tão naturalmente chuvosos do carnaval. O colorido, talvez, pode não trazer felicidade para toda a vida, só que Tonho apostava que sim, para ser condescendente, feliz. Estamos perto da estação Cinelândia e a velocidade reverbera ao seu olhar, independente. Velocidade tomada por si mesma deslancha-se a toda hora, a toda prova. Ele se levanta, em silêncio, e fica esperando, insistente, que a porta do vagão abra. Até chegar ao ar lá fora deu um sorriso, porque ele, Tonho, não era velocidade somente. "Sorry", diz com a mão na boca anarquista. Diz alto! Sapatos rasos, mocassins, tinham saido da plataforma onde um cara está vestido todo de branco e máscara planetária( eu o conheço, Tonho achou). TONHO AO AR LIVRE

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

repentino/ na clareira vulcânica da idade

POEMA MÍSTICO

Felipe Stefani
Repentino,
Na clareira vulcânica da idade,
Concebi assim a leitura da memória;
De que tudo que desata, cresce e morre
Tem um gesto,
Um gesto de princípio.
Deveríamos chamar "ritmo"
Tudo que nos torna exaltados.
Somos tentados a ver dentro do sonho,
Assim nos recriamos do que nos causa escândalo,
Nomeamos a noite, a tarde e a manhã dos tempos,
Como fôssemos deuses.
Somos ritmo do sonho,
Lembrando, vagando,
No fim de cada era,
Causando escândalo.
Vede as estrelas,
Os frutos das figueiras,
O templo,
Furiosamente serão lembrados.
Viveremos disso,
Dando ao mundo
Um nome de batismo.
Chamaremos "inspiração"
Tudo que concentra,
Avança e se enraíza.
Impérios definham.
Somos tentados a dizer que foi um sonho,
Um sonho dentro do sonho,
Se concebêssemos tal geometria.
Pois também se lavram as terras antigas.
Vede, as águas calmas
São também colhidas.
O sonho não é sonho,
A memória não é memória.
Há sempre um Deus a redizer a história.
Velasquez

arquitetura

Canto Redentor

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

domingo, 3 de fevereiro de 2008

quase que no ritmo incansável de um trem, papéis renovam-se

Noel Rosa canta seus sambas crônica para intérpretes cantarem. E eu penso em assim proceder com os personagens ( principalmente TONHO e TÔNIA). Sei que Tonho está sem camisa, esperando seu chapeuzinho ( é um capacete!) de peão e a decidir se sairá com meia ou não no Carnaval! Tõnia está à procura de uma ventarola existencial PARA A AVENIDA. Só que penso assim: vocês vão sair daqui a pouco, pelo que vejo agora. Então espero suas novidades e comentários quando chegarem. Descreverei vocês ( digitarei aqui). Certo?
O tempo tem sofrido alterações repentinas mesmo

violeta mancha o céu

DO AZUL AO AMARELO
"...Metrópole tem acento mas espetáculo também! são palavras proparoxítonas, meu bem. Verdade!" Tônia precisava mesmo falar isso com o porteiro do cinema novo?!

sábado, 2 de fevereiro de 2008

quase - eclipse( sobre o carnaval)

O tempo tem sofrido alterações repentinas mesmo, é do azul ao amarelo sem limites para um respiro. As vezes um verde ou um violeta mancham o céu sem que as pessoas percebam o que há entre um tom e outro.( de Matheus MArco Moraes, A nota )
repare em Martin Amis...

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Money

A narrativa de Martin Amis revira o mundo com linguagem. Mundo, e linguagem, por um personagem , em primeira pessoa, que conversa o tempo todo - sempre embriagado e alucinadamente- com o leitor sobre a sociedade do consumo, do sexo, do dinheiro e coisa e tal. A corrosiva fala interior deste John Self pede sempre nossa adesão a como ele está ( sempre em apuros, numa ação incontida). Sua lucidez, embriagada, é simpática, invencível! Convivemos verbalmente com este diretor de comerciais e filmes pornô, quase sempre na ponte aérea London/ New York, através de linguagem que narra e mobilisa a miséria moral do dinheiro. Pela linguagem de plástica verbal ( sim, que se plasma no coloquial, nas coisas urbanas incorporadas), numa forma metafórica impressionante, vamos sabendo, e nos deparando com a realidade assim como com seu interior, por quem está dentro, numa forma de consciência, visceral, de que primeiro mundo participa: o da consumação capitalista, barata, da vida. E a moral de GRANA, a grande sacada deste livro, é a sobrevivência, algo patética e irônica, também, deste personagem / narrador, o John Self, que chega a discutir com o autor, Martin Amis ! Só ao final do romance vamos visualizar sua fisicalidade transbordante, tanto como o discurso e linguagem narrativa incessante; ele está quase quase acabado pelas peripécias do dinheiro mas sobrevive ao próprio romance, a si mesmo e aos excessos, e consequente falta, de GRANA! Sabermos, só ao final, de sua fisicalidade parece completá-lo. Ele que vivia ansiosamente num loucura só, afinal se completa com si mesmo... é tão curioso...engenhoso existencialmente!

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

filme de esperança de 1938

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

páginas renovadas

livros, para dedos quando são música para os olhos ( e aí o barulho do trem) e o barulho do trem e a música se tocam. vão longe..

A DAMA OCULTA

Aqui, na foto deste filme de 1938, MICHAEL REDGRAVE, personagem pesquisador de dança e música folclórica num país imaginário (quase ao começo da 2º Guerra Mundial) sai pela janela de uma locomotiva para procurar, entrando por outra janela de outra cabine, a Senhora Froy. Ela desaparecera no trem em movimento, num movimento do cinema. Todos os personagens estavam numa hospedaria provisória a esperarem a neve ser retirada da trilha férrea para tomarem o trem.UMA MUDANÇA. Neste trem vai a professora de música, a senhora Froy, uma simpática velhinha que acha o país, do qual não sabemos o nome, adorável. Ela desaparece na viagem...THE LADY VANISHES...do inglês , simplesmente, Alfred Hitchcock... Ao final Mrs Froy, feita por Dame May Litty, aparece tocando ao piano, em Londres, música que trazia uma mensagem, segredos. Ela era espiã... Filme de uma época em que a Europa estava ficando esquisita como os vilões conspiradores no filme ( um médico canastrão, um mágico gordo italiano, uma duquesa de má aparência). A guerra começaria... Um filme de esperança, e humor, no ar em ritmo incansável de um trem...

sábado, 26 de janeiro de 2008

Crítica de Marina sobre desmatamento perturba governo
Às vezes, é uma alegria mesmo! Sério. MArina SIlva fará publicar uma lista com os 150 maiores responsáveis pelo desmatamento da Amazônia nos últimos meses. E o Ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, obrigará 80 mil donos das terras onde mais a floresta foi queimada a se recadastrarem. Provarem que aquelas terras são deles ( muitos km 2 tomados , por grileiros, dos índios). Ele informa que pequenos proprietários não costumam ter tal prática, usada pelos criadores de gado e produtores de soja. AH pessoas sérias eu as amo, meu Brasil!

e lá vamos nós, minha gente !

"Eu, Tonho,TENHO, quero sair de peão". Tonho fala de gente sem terra que fica devendo ao armazém, trabalham sem salário e tornam-se escravos de suas contas penduradas. "Quero um chapeuzinho , calça e camisa do corpo para movimento de clamor social no carnaval carioca ". às vezes a gente TEM que alguma coisa! TÔnia olha para ele e fala " Já eu, quero sair na Avenida como uma carioca bem fresca que fale muitos palavrões. Claro que com propícia ventarola existencial..." TEXTO A SER CONSTRUÍDO( depois do carnaval de 2008)( foi construido, na verdade, durante... mas isso eu digitei agora)
jeanne moreau também é o nome desta rosa

TÔNIA PENSA EM JARDEL FILHOl

LUZ DA NOITE À MADRUGADA, É QUASE CARNAVAL.TÔNIA e TONHO SOLTOS NUM FORRÓ DE BAIRRO. Tônia contara a Dilermando que tinham ido a um forró. E disse das mulheres muito apertadas em suas semi- roupas. "Fiquei À vontade, Ser em considerações estéticas...". E propôs para o jornalista, e agora homem de teatro, que escrevesse um esquete que partisse do que Paulo MArtins ( feito pelo grande JArdel Filho) fala na cena de Terra em Transe em que o povo é citado em efervescência carnavalesca como " alienado". Veio-lhe fazer, no espetáculo-perfomance Semi-Esforço: VISION, uma cena meio tele-jornalista que dialogue com este personagem de Glauber. DIlermando ficou sério com a empresa. - Em "Semi-Esforço: VISION" vamos colocar tópicos real-temáticos " pra quebrar". "Engrossar" o caldo cultural !- arremata TÔNIA, vedete que é!

memoire d' aujourd'hui

"rosa inicial", como é dito pelo poeta Felipe Stefani que canta corpo aberto a possível cosmo. Corpo e cosmo entretidos por incisivos versos e arrasantes imagens com matizes clássicas.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

de passagem

diga-se que Tônia é uma artista-intelectual meio trash...e ela ganhou os contornos desta definição, por cansaço da História e dos discursos... há algo extraordinário nela : faz uso de conceitos instrumentalmente, para definir certo tipo de problemas...não se isola, mas instrumentaliza-se criando discursos de corpo próprio a cada circunstância! Tonho é bem mais purista...

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

O Sol e as nuvens

o sol e a tarde

pessoalidade

O rosto um pouco avançado de Tonho, quase a sorrir, às vezes. Suas mãos não são mãos de estudante...mas páreo para segurar livros. Tonho é alto, não fala sempre, nem muito( só quando sente que indispensável à considerações, à vida e tal). Sua testa larga; fios de cabelos a cobrem de tempo em tempo...e ele os afasta com os dedos...os dedos de Tonho e seus olhos acessos meio que sofrem de dúvidas. Pode ficar horas matutando algo, algo tanto bom como pode ser ardiloso. Tônia quantas vezes se pega pensando nele ( aí seus olhos ficam vagos, os olhos vagos de Tônia...de costume simpáticos e firmes). Pensa num troço emocional, sentimental que não permite a ele se ver como um todo artístico...aí ela prevalece com seus conceitos, sua vedetice. E até seu mal-humor e o desafia, e o provoca para levá-lo a manifestar-se mais frugalmente. Levá-lo mesmo a ser frugal com o próprio corpo! Mas é verdade! Tônia quer um número de nú de Tonho com a platéia do Teatro O Mais da Vida!

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

notre musique

"Quando ouvi falar do cubismo como " construção do olhar" achei que tinha descoberto um mundo !( disse-me Tonho, colocando suas mãos firmes bem no fundo dos bolsos das calças...). Porque as coisas poderiam ser vistas por vários lados. Isso não é bem uma perspectiva clássica, é possibilidade do olhar.Possibilidade para os lados. Muito construtivo! - e sorriu e seu rosto avançou um pouco para meu olhar, intantâneamente; então cruzou os braços no peito para ficar sério logo depois. Não o achei tão caladão como pensava. Sei que as aventuras custam !

manifesto de Oswald de Andrade

"Quando li o Manifesto do Pau Brasil achei que era quase um programa. É, destes de computador que permitem operações, com tecnologia própria ( e não só auto-referente). Uma possibilidade de manobra. Deveria ser relançado, se encontrar em bancas de jornal!" Disse-me a bela de Lesbos, Tônia ( ajeitando seus óculos escuros,e caprichando na pose de quem se apóia na ponta dos pés, para empertigar-se, antes de enfiar, calmamente, suas delicadas mãos nos bolsos de suas calças jeans já empertigadas por natureza)

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

o espetáculo do mundo

madrugada a essa hora ( neo-realismo)( não filme histórico). luz da noite na madrugada.
letras

flores na manhã

orvalho. trabalho transparente .(ópera num ipod não -visível de Tônia)(Tonho tem ao pulso uma fita do Senhor do Bonfim)
agora ( relê )

rever

ver. Tônia olha para uma fotografia de GArbo que tem em seu quarto, sempre. Antes de sair. Ela sabe que quando Greta Garbo caminhava, todas as tardes, em New York, às vezes se guiava por alguém a sua frente...