sábado, 27 de outubro de 2007

RIo que mora no mar Sorrio pro meu Rio que tem no seu mar lindas flores que nascem morenas num jardim de SOL Rio, terra de veludo Sorrio pro meu Rio que sorri de tudo Rio é mar... é terno se fazer amar

atençãoatençãoatenção

um dia ela, GRETA GARBO, veio provar uma roupa para "Grande Hotel" e todos, chapeleiros, costureiras, assistentes, aguardavam a uma distância respeitosa, enquanto ela decidia. Garbo andava devagar de um lado para a outro. às vezes parava, olhava-se no espelho de corpo inteiro e continuava a andar, sem emitir um som. Seu rosto não traía a menor emoção. A tensão se tornava insuportável...Garbo continuava a andar. De repente, parou, deu um rodopio e se mirou no espelho. Abriu a boca bem devagar, botou a língua para fora e fez um enorme "bleergh" para si mesma.

. Segredo da tela- Especial. intervalo

que mais impressionou Louise Brooks ao conhecer Garbo foi " a perfeição dos traços e a textura da pele, suave como uma pétala". Apesar do público jamais ter visto a cor dos olhos dela, eram de um translúcido azul-acinzentado. As famosas pestanas eram naturais ...nariz, ligeiramente largo para um rosto que não o dela; os lábios tinham uma severidade clássica, levemente curvados para baixo, dando um toque de tristeza que se acentuaria mais tarde. A geometria do rosto transcende os componentes, lhes conferido assombrosa mistura de intensidade e distanciamento, como se houvessem duas pessoas por trás deles- observadora e participante- e a observadora sempre um pouco divertida com o estranho comportamento da participante. Muito pouca maquiagem. Fora da tela, só um toque de batom, pó-de-arroz e lápis nas sobrancelhas. Na tela, não usava muito mais que isso...
sempre

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Tonho à madrugada de domingo...

xilogravura sobre papel colorido/ Ozwald Goeldi

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

princesa ficção

Tônia saira cedo esta manhã. Sua relativa rapidez não a impedia de ver os peões daquela obra perto da sua casa; eles a olhavam,talvez pela masculinidade mais ou menos definida com que anda. Não se deteve muito neles, como às vezes fazia...mas sim na grande rede azul de nylon que cobria todo o prédio em obras. Quando chegou ao Teatro O Mais da Vida, onde ensaiam o espetáculo performance Semi-Esforço ( VISION), ao invés de beijar Tonho, sentado e largadão numa poltrona da sala de espetáculo, procurou Dilermando, o diretor e jornalista Se referiu àquela rede azul no edifício em obras e como será bom cenário para o quadro que quero protagonizar, meio pornô e Zorra Total, em que brincaria com o público a valer. Dilermando franziu o senho, seus olhos ficaram meio impávidos, pasmo...enquanto Tonho alongava os braços, na poltrona...com seus cabelos caindo na testa e suas longas, e belas, pernas.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

domingo à madrugada ( pb)

TÔNIA ( ao telefone)- Tonho? ôi! Que tá fazendo, meu nêgo? TONHO ( mexendo-se do outro lado da linha) Ah, ouvindo a chuva cair... TÔNIA-( massageia o pé) Liguei a televisão ( e as luzes da sala estão apagadas). Tá passando um programa de dança. Ritmos pop bregas brasileiros. Tá vendo não?... TONHO - Não.... péra aí. Vou ligar. Volto num instante. Ah tô vendo. Muito bom hein! Podemos fazer algo assim... chove um pouco por aqui e a avenida Dom Hélder Câmera silenciosa... estranho...invulgar... e teu pai? TÔNIA - Ah lendo, como sempre. Vou tentar uns passos ! DILERMANDO, jornalista de Urgente Jornal de Bairro, em seu apartamento na Lagoa, se levanta da poltrona, de onde vê BLOW-UP, e diz..."água"...

silencie

sábado, 20 de outubro de 2007

wild working in progress

SATYRICON. federico fellini .Dois rapazes, lindos e aventureiros, na ROMA ANTIGA, vivem, correm, se metem em episódios nesta caminhada de aventura quase sempre a céu aberto. Somem ao final e suas figuras ficam desenhadas num afresco numa pedra...numa ilha por onde passa um barco. O começo do filme é num subterrâneo, com cenas de grotesco teatro, saunas exóticas, longas escadas precariamente esculpidas, um cavalo... este subterrâneo desmorona ! Na sequência , visitas guiadas num salão de museu onde estátuas clássicas estão cobertas por panos. Por uma janela comprida, ao fundo, vemos trabalhadores, lá fora, transportados em andaimes de obras na fachada. Eles são vistos como fundo, pela janela. Trabalham na fachada do museu, supomos. Este andaime move-se. É um pequeno detalhe, e fundamental, na concepção desta Roma reconstruída nesse filme dionisíaco dos anos 70. federico fellini .da obra de Petrônio.
. algo como diz. Significa

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

le bleu mathieu

. " Poemas antigos são cheios de esquecimentos. São como fotografias. Há pessoas que já se foram, cores que não existem mais, pigmentos, sentimentos. E pensar nos poemas da Antiguidade. Fotografias do impossível, versos de divindades. Poemas antigos cheios de esquecimento. Mas sempre plenos de encantamento. Responder ...